segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Poema da desilusão amorosa

No espaço frio desta noite turva
açoites queimam minhas costas, 
ausência que atravessa o tempo
na cama desarrumada ao relento.

Teu vazio faz casa ao meu lado

e meu abraço já não te encontra;
ainda preso me reviro de passado
- apenas tua distância me afronta.

Augusta época de não-sofrimento

onde acriançado plantava abrigo.
Desilusão é a nota de meu intento
que se solidifica em vero castigo.

Então, vem com tua boca e inunda
este corpo fraco que já se curva
e que em cada ruga se lamenta
do silêncio anunciante da tormenta.

domingo, 7 de janeiro de 2018

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Poema póstumo

Morri, sem nenhuma preparação,
num belo alvorecer.
Não havia mais ontem
e nem amanhã,
apenas
a pena do eterno presente.

Devia ter dançado aquela última canção.

depois  sem  dispôs, não-tempo;  passos  sem  paço, não-espaços; ví-vida...