ao Amigo Marcos Tristão
Despede-se da batalha a alma
combativa,
mergulha
no espaço e nas profundezas causticantes
do pensamento
e em silêncio,
organiza cepas de conceitos
e costura (para os que ficam)
um futuro arrebatamento
- este instante que se destaca do
tempo.
Então, hoje foste tu velho amigo
- como também foi
a grande alma da Índia que nos uniu em
um café.
Tua filosofia ainda reside
e não morre,
não morrerá
– o pensamento maldito sempre fica,
se escondendo pelos cantos
e
encantos, feito voz que nunca cessa.
Tua sandália de couro é memória, mas
é também resistência,
é também referência para aqueles que
não desistem
- apesar do cansaço destes dias de
chumbo.