segunda-feira, 9 de abril de 2018

Um tempo para a alma triste

ao Amigo Marcos Tristão
Despede-se da batalha a alma combativa,
mergulha
no espaço e nas profundezas causticantes do pensamento
e em silêncio,
organiza cepas de conceitos
e costura (para os que ficam)
um futuro arrebatamento
- este instante que se destaca do tempo.

Então, hoje foste tu velho amigo
- como também foi
a grande alma da Índia que nos uniu em um café.

Tua filosofia ainda reside
e não morre,
não morrerá
– o pensamento maldito sempre fica,
se escondendo pelos cantos
e
encantos, feito voz que nunca cessa.

Tua sandália de couro é memória, mas
é também resistência,
é também referência para aqueles que não desistem
- apesar do cansaço destes dias de chumbo.



depois  sem  dispôs, não-tempo;  passos  sem  paço, não-espaços; ví-vida...