quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Um tanto poético

Nem tanto ao céu
e nem tanto ao norte;
nem tanto ao corte suplantado
e ao peito fraco  fundamentado - subtraído,
subjugado e subalternizado.

Nem tanto ao inferno
e nem tanto ao Sul;
nem tanto a cura impositiva
e a liberdade restritiva – escancarada,
alargada e amparada.

Nem tanto? Tudo é tanto
e
eu só quero o pouco.
O pouco do beijo,
do gosto,
do corpo pesando,
de tudo que é posto
e que se imposto jamais seria.

Nem tanto? Nada é tanto.
Não cabe a forma na fôrma que pinto,
ultrapassa
– transborda, desenhando novos limites.

Nada é tanto. No entanto,
ainda,
espero encanto.


depois  sem  dispôs, não-tempo;  passos  sem  paço, não-espaços; ví-vida...