a fôrma, mas
não encontra - não te encontro;
não encontra - não te encontro;
habito um vazio-não
(como teus
olhos não-castanhos).
Sou todo
verso, mesmo depois,
mesmo...
Amor termina
em despedida,
mas
ainda
hoje
espero,
silenciosa
espera;
silenciosamente
seguro este
desejo
e me escondo,
fantasiado de
distância.
Será que me
engano?
Quem não se
engana?
Minha letra
vasculha nossas lembranças
- apenas frio;
nada se impõe.
Minha letra
vasculha
e
nada há.
Onde estão tuas esquinas?
Compor-me em
versos é uma saída,
mas
mas
até quando?
O Amor, sempre
me parece maior:
maior que o
verso,
maior que beijo,
maior que o
corpo,
maior que a
vida.
Já não tenho
certeza se aquilo que sei
é mesmo
sabido.
Todo Amor
é para
sempre amável? Não sei,
parece-me que
o limite do
amor é a memória.
Esquecer
é
o
sustentáculo
de
toda
sanidade.
é
o
sustentáculo
de
toda
sanidade.
Minha Letra
não encontra mais tua fôrma,
mas
mas
a vontade de
Amar ainda tem sua cor:
não-castanha.
não-castanha.