vírgulaneamente, com licença de
Clarice,
começo um texto
e,
como Lori,
também com café,
procuro a epifania simbólica que demarca a presença do amor: silêncio-deus; amor-deus.
Ulisses se foi, Baltazar também, restou
apenas
o amargo vazio das impossibilidades: a vida urge.
Urgimos nós:
por esta ausência sem nome,
por este espaço sem corpo,
por este beijo sem boca,
por este peso sem paixão.
Nós?
Baltazar se foi: a vida passa.
Passaria talvez,
se a vida fosse vida, mas
sendo apenas dias
todos são iguais
e,
em nenhum deles,
escuto o barulho dos teus passos no corredor ao lado.
Se este vazio é
o “silêncio-deus” e “amor-deus”,
porque lacera-me tanto?
Seria o Amor,
mesmo estes
que começam com vírgula,
um “deus-em-si”
feito
para ser adorado na crueza dos nossos próprios corpos?
Não sei.
começo um texto
e,
como Lori,
também com café,
procuro a epifania simbólica que demarca a presença do amor: silêncio-deus; amor-deus.
Ulisses se foi, Baltazar também, restou
apenas
o amargo vazio das impossibilidades: a vida urge.
Urgimos nós:
por esta ausência sem nome,
por este espaço sem corpo,
por este beijo sem boca,
por este peso sem paixão.
Nós?
Baltazar se foi: a vida passa.
Passaria talvez,
se a vida fosse vida, mas
sendo apenas dias
todos são iguais
e,
em nenhum deles,
escuto o barulho dos teus passos no corredor ao lado.
Se este vazio é
o “silêncio-deus” e “amor-deus”,
porque lacera-me tanto?
Seria o Amor,
mesmo estes
que começam com vírgula,
um “deus-em-si”
feito
para ser adorado na crueza dos nossos próprios corpos?
Não sei.
Lóri não me responde, Ulisses retornou.
Baltazar se foi...
Há também um tempo para o Amor?