E se eu tivesse escolhido a estrada de tijolos verdes naquela
fatídica manhã?
E
se,
por algum motivo,
o mundo
deixasse de ser amarelo?
Deus
haveria de me esperar
e
me livraria da bruxa má? Mas,
como ficaria o amém ao final da oração?
E
se o País de Aslam,
em toda sua glória e esplendor,
fosse apenas uma ficção?
Quantas
perguntas dobrando a esquina.
Quantos pontos de interrogação me acompanham,
como posso querer responder?
E será preciso?
E
se o inverno tivesse chegado antes do verão?
E
se o metrô me deixasse em um mundo repleto de magia?
E
se as sinapses fossem emitidas pelo coração?
E se...
Precisaria a Vida de um “leão covarde” se tudo fosse apenas “reto”
ou “preto no
branco”?
Precisaria
o Corpo de um “homem sem coração” se houvesse mais respeito com o diferente?
Precisaria
a Morte de um “espantalho sem corpo” se ela fosse nossa amiga?
Então,
como seria tudo se nada fosse?
E se sem estrada,
sem escolha,
precisaria a vida ter Vida?
E se a “Terra do Nunca” um dia “fosse”, precisaria eu SER também?
E se o mundo fosse um Asteroide bem pequeno,
sem rosas ou raposas,
haveria de
ser necessário cativar até mesmo os grãos de areia?
Precisaria
precisar de tantas perguntas,
não sendo Alice a Verdadeira?
Precisaria
Macondo
de um furacão
se nossa pureza perdurasse?
Voltando
as escolhas:
E se, no final de todas as estradas,
não fossem sempre condenadas as Estirpes Severinas,
haveria necessidade de cem anos de solidão?
Finalmente,
se todo “se” virasse SIM
haveria NÃO para nos levar além?