Vossa
mercê
sentava em tronos;
era uma
pessoa única, mas
com o
tempo
ganhou as
ruas.
Vossemercê,
os de posição mediana
que,
apesar de
não serem qualquer um,
poderia
caber à todos.
Vosmecê,
por sua vez, não tinha autoridade nenhuma;
contraiu-se
e,
no tempo,
virou o
outro “vosmicê”.
Você
veio para substituir o nome próprio,
qualquer
nome
de
pessoa-qualquer;
VC
é frio,
grafia
internetizada,
marca da
pós-modernidade
e de sua
velocidade
e
distância.
“V”
é a escolha singular
e intuitivamente simbólica, performática.
“V”,
aposto,
será a nova saudação – deste Brasil pós-pandemia.
“V” serão
todos, indistintamente.
“V” não
será apenas a nova contração vocabular, mas
também a
lembrança de um tempo.
Seremos "V",
os “V-ivos” sem “V-itória,
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