O terço forte já não reza mais,
pendurado
finge proteger uma casa sem fé. ‘
A pena já não escreve mais poesia,
inexpressivamente
tessitura apenas lembranças que nunca aconteceram.
O corpo já não é um corpo, é forma e medo.
Só se fala medo,só se grita medo, só se expressa medo. Ele
tomou as estrelas,
as riquezas, as florestas e todo Oceano.
O medo é a forma que organiza os homens, de solidão
vestiu-se de festa
e passeia pelas ruas.
Dezessete vezes,
o medo da despedida
o medo do ponto de ônibus
o medo do “até-adeus".
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