"a língua materna já é uma língua do outro"
(DERRIDA, p. 79, 20021)*
O corpo,
tão refém das estradas
e tão passeio de solidão,
já não é um corpo - é para além dos espaços,
dos textos
dos beijos
da guerra
- um corpo só o é em relação infinita.
Nenhuma voz.
De mim
ressoa apenas as histórias gravadas pelo silêncio.
Eusou
quem as ouve
quem as vive
como este poema - que não é somente texto, mas
também lembrança e futuro.
ressoa apenas as histórias gravadas pelo silêncio.
Eu
quem as ouve
quem as vive
como este poema - que não é somente texto, mas
também lembrança e futuro.
Meus passos encontram outros passos,
outros "Outros"
e os acolho para além de mim, sem poder.
Minha
estrada jamais foi minha,
ela é do outro
e do outro que também sou para mim.
Se no espelho "não-sou",
então,
como acolher quem é?
Em vão percorro,
em vão descaso,
em vão reflito,
em vão assinto.
Há um tempo para o Outro
e eu não sei até onde consigo ir...
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